A Igreja Católica na Polônia enfrenta um escândalo que abalou as estruturas eclesiásticas e culminou na renúncia do Bispo Grzegorz Kaszak, da arquidiocese de Sosnowiec. Tudo começou no final de agosto, quando o Padre Tomasz, da Polônia, se viu envolvido em um incidente chocante na cidade de Dabrowa Górnicza.
O padre teria tentado impedir médicos dos serviços de atendimento de emergência de entrar em um apartamento, onde um indivíduo estava em risco de vida ou enfrentando danos graves à saúde. A vítima em questão era um profissional do sexo masculino.
Os jornais poloneses relataram que o apartamento abrigava o cenário de uma orgia, onde a vítima colapsou devido a uma overdose de pílulas para disfunção erétil. O impacto desse evento na comunidade católica e na sociedade polonesa como um todo foi significativo.
Em resposta a esse incidente, o Bispo Grzegorz Kaszak ofereceu sua renúncia em 29 de setembro, reconhecendo a gravidade do ocorrido. O Papa Francisco, líder atual da Igreja Católica, aceitou a renúncia do bispo em 24 de outubro, marcando um dos desdobramentos mais notáveis desse escândalo.
Uma reportagem do “New York Times” detalha que o apartamento onde a overdose ocorreu pertence à paróquia e que um dos padres que estava presente no local chamou uma ambulância. No entanto, outros homens na festa teriam impedido os paramédicos de atender à vítima. A intervenção dos profissionais de saúde só ocorreu após a chamada da polícia.
No mês passado, o Padre Tomasz, que organizou o evento, divulgou uma declaração à imprensa na qual contestou os detalhes relatados nas reportagens. Ele refutou informações como o número de padres presentes no incidente e negou que se tratasse de uma orgia, tecnicamente.
O padre alegou que a cobertura da mídia em torno do caso constituía um ataque à Igreja e sugeriu que o destaque dado ao incidente seria diferente se os envolvidos não fossem membros do clero. As alegações de que a Igreja estava tentando encobrir o ocorrido aumentaram a polêmica em torno do caso.
Em resposta aos acontecimentos, a diocese emitiu uma declaração no mês passado, afirmando que a “participação” do Padre Tomasz “no que aconteceu na noite de 30-31 de agosto não está em dúvida”. Ele foi proibido de celebrar a missa, destituído de todas as outras funções e enviado para viver fora da paróquia.
Esse escândalo no clero polonês ressalta a tensão entre a Igreja Católica e o público, bem como as complexas dinâmicas internas que a instituição enfrenta. À medida que a investigação continua, a sociedade e a Igreja aguardam esclarecimentos adicionais sobre um incidente que abalou a confiança e a reputação do clero na Polônia.