Nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido aconselhado por assessores a considerar procuradores das instâncias inferiores do Ministério Público na busca por um novo Procurador-Geral da República (PGR). Atualmente indeciso sobre o nome a ser escolhido, Lula expande o leque de opções, incluindo cerca de 1150 nomes, ao invés de restringir a escolha apenas entre os 74 subprocuradores gerais que compõem a cúpula da PGR.
A escolha de um procurador que atua na primeira ou segunda instância seria inédita, embora não seja ilegal. A legislação não exige expressamente que o chefe da PGR seja um subprocurador geral, apenas que seja um membro da carreira com mais de 35 anos. Essa ampliação do leque de opções pode trazer novos perfis e perspectivas à liderança da PGR.
Procuradores de primeira instância já submeteram seus currículos ao Planalto, mas os nomes ainda não foram apresentados a Lula. Alguns nomes inicialmente cotados como favoritos incluem os procuradores Paulo Gonet, Luiz Augusto Santos Lima, Carlos Frederico Santos, Antonio Carlos Bigonha e Aurélio Rios. A expectativa em Brasília é que a escolha de Lula seja anunciada nos próximos dias.
Lista Tríplice e Tradições Anteriores:
Lula indicou que não seguirá a lista tríplice preparada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Esta lista, que apresenta os três procuradores mais votados entre os colegas, foi composta por Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e José Adonis. Anteriormente, presidentes como Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer utilizaram a lista tríplice como base para suas escolhas, cada um seguindo abordagens diferentes.
A decisão de Lula em ampliar as opções para o próximo Procurador-Geral da República indica uma abordagem cuidadosa na escolha do líder para o Ministério Público. O cenário inédito e a análise de candidatos de diferentes instâncias podem trazer inovações à PGR, refletindo a busca por uma gestão eficaz e alinhada com os desafios contemporâneos do Brasil. O anúncio nos próximos dias será aguardado com atenção, marcando um capítulo importante na liderança do Ministério Público Federal.