A suspeita de um tremor de terra próximo ao maior complexo de escolas públicas de Alagoas, na quinta-feira (7), trouxe preocupações à comunidade escolar, mesmo após a Defesa Civil de Maceió descartar a ocorrência do evento. A proximidade com a mina da Braskem, que está em risco de colapso, é motivo de apreensão para alunos, professores e funcionários do Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), construído em uma área compartilhada entre os bairros do Farol e Pinheiro.
A versão mais recente do mapa de áreas de risco divulgada pela Defesa Civil aumentou o monitoramento sobre o Cepa, incluindo parte da instituição na zona de criticidade 01, que indica menor risco, mas mantendo-a sob constante observação.
Histórico e Preocupações:
O Cepa, inaugurado em 1958, tem suas estruturas próximas à região onde mais de 14 mil imóveis foram evacuados devido à mineração realizada pela Braskem. O vereador Breno Garibalde, que acompanha a situação, expressou sua preocupação com a insegurança causada pelo desencontro de informações.
“A gente fica preocupado com a situação, fica inseguro com o desencontro de informações. Essa insegurança nos afeta, mas, infelizmente, não podemos fazer nada a não ser aguardar um posicionamento oficial das entidades responsáveis”, disse o professor de educação física Henrique Vilela, que leciona no local desde 2014.
Mapa de Risco e Novas Delimitações:
A 5ª versão do mapa da Defesa Civil de Maceió, divulgada em 30 de novembro, delimita áreas de criticidade 01 e 00 no entorno das 35 minas da Braskem. Parte do Cepa está na área de menor risco, mas a preocupação persiste, especialmente porque o solo sobre a mina já afundou 2,02 metros desde o final de novembro.
Impacto nas Escolas do Cepa:
Das 11 escolas estaduais no Cepa, as escolas Dom Pedro II e Teotônio Vilela, juntamente com o ginásio da Escola Moreira e Silva, encontram-se na zona de criticidade 01, segundo o mapa atualizado. O medo da comunidade escolar é que essas escolas possam ser realocadas, semelhante ao que ocorreu com residências em outros bairros após o alerta da possível ruptura da mina.
Resposta da Secretaria de Educação:
A Secretaria de Estado da Educação (SEE) afirmou que aguarda novas informações da Defesa Civil sobre a extensão do risco. Até que haja uma ordem de evacuação, as escolas do Cepa continuam com suas atividades normais, enquanto estudantes e funcionários tentam manter a rotina, apesar das preocupações.