O local da Mina 18 da Braskem, no bairro do Mutange, em Maceió, permanece sem monitoramento desde o rompimento ocorrido no domingo (10). O equipamento crucial para medir com alta precisão a movimentação do terreno foi arrastado pela água quando a mina cedeu sob a lagoa.
De acordo com a Defesa Civil Municipal, um novo dispositivo está previsto para ser instalado, com o objetivo de avaliar se o solo continua afundando. No entanto, ainda não há um prazo definido para a conclusão desse processo. Em contrapartida, a Braskem informou que já iniciou a instalação de um novo sensor na área, utilizando o apoio de um helicóptero. Esta ação foi realizada na tarde de segunda-feira, após autorização dos órgãos competentes.
Logo após o rompimento da Mina 18, a Defesa Civil declarou que não havia mais risco iminente de colapso na região. A Mina 18 fazia parte das 35 operadas pela Braskem na região para extração de sal-gema, sendo apontada como a principal causa da instabilidade no solo. Essa instabilidade resultou na desocupação de mais de 14 mil imóveis, impactando aproximadamente 60 mil pessoas. As outras 34 minas continuam sendo monitoradas normalmente, sem indicação de reflexo pelo rompimento.
A última leitura registrada pelo equipamento, horas antes do colapso da mina, indicava uma redução na velocidade de movimentação do solo de 0,52 cm/h. Desde o dia 30 de novembro, quando as medições começaram, o terreno já havia cedido 2,35 metros, evidenciando a gravidade da situação.
A ausência de monitoramento na Mina 18 levanta preocupações sobre a segurança da região e a necessidade de ações rápidas para avaliar e mitigar potenciais riscos decorrentes do rompimento da mina da Braskem em Maceió.