O Globo | O uso de drogas por Elon Musk preocupou executivos e membros do conselho das empresas que ele dirige. A informação é do jornal americano Wall Street Journal, segundo fontes familiarizadas com o bilionário e suas empresas.
Musk usou LSD, cocaína, ecstasy e cogumelos psicodélicos, muitas vezes em festas privadas, segundo o WSJ, que cita testemunhas não identificadas e outras pessoas a par do assunto.
Pessoas próximas ao CEO da Tesla e da SpaceX disseram ao jornal que seu uso de drogas continua e que, em particular, ele está consumindo cetamina. Musk disse em agosto que tem receita para usar o medicamento como antidepressivo.
Depois que Musk fumou um cigarro com maconha no podcast do comediante e comentarista esportivo Joe Rogan, em setembro de 2018, o Pentágono revisou a autorização de segurança federal vinculada ao seu papel como CEO da SpaceX, prestadora de serviço do governo certificada para lançar satélites espiões militares.
A autorização de segurança dos EUA exige que qualquer funcionário federal ou prestador de serviços que solicite uma autorização informe uso ilegal de drogas feito nos últimos sete anos.
“Depois daquela tragada com Rogan, concordei, a pedido da NASA, em fazer 3 anos de testes aleatórios de drogas”, postou Musk, 52, no domingo na X, antigo Twitter. “Nem mesmo vestígios de drogas ou álcool foram encontrados.”
Musk não respondeu a um pedido de comentário da Bloomberg. Alex Spiro, advogado do bilionário, disse ao WSJ que seu cliente é “regularmente e aleatoriamente testado para drogas na SpaceX e nunca falhou em um teste”, e referiu-se a “fatos falsos” no artigo, mas não os detalhou.
Preocupação antiga
A SpaceX é agora a única empresa dos EUA aprovada para transportar astronautas da NASA de e para a Estação Espacial Internacional. O Pentágono também intensificou as compras de lançamentos da empresa de capital fechado nos últimos anos e, em junho, contratou a Starlink, empresa de comunicações por satélite da SpaceX, para apoiar as forças armadas da Ucrânia.
O Wall Street Journal informou ainda que Linda Johnson Rice, que se tornou diretora da Tesla em 2017, não se candidatou à reeleição dois anos depois, devido à frustração com o comportamento de Musk e às suas preocupações sobre o uso de drogas por parte dele.
Musk supervisiona seis empresas: Tesla, SpaceX e X, a empresa de mídia social anteriormente conhecida como Twitter; o empreendimento de construção de túneis The Boring; a desenvolvedora de implantes cerebrais Neuralink; e startup de inteligência artificial xAI. Seu patrimônio líquido de US$ 219,4 bilhões ocupa o primeiro lugar no Índice Bloomberg Billionaires.