O Antagonista | O JP Morgan, o maior banco do mundo, que é sediado nos Estados Unidos, emitiu um comunicado na quarta-feira (27) apontando o índice MSCI Brazil como o pior em escala global. Esse índice monitora o desempenho das 56 principais empresas de grande e médio porte listadas na bolsa de valores brasileira, das quais 30% são do setor financeiro.
Enquanto isso, os índices das empresas norte-americanas listadas na S&P 500 e na Nasdaq ocupam quatro das cinco primeiras posições, com o índice Topix do Japão em segundo lugar. Já as ações brasileiras mais valorizadas representam 85% do MSCI Brazil, incluindo empresas como Vale, Petrobras, Itaú, Bradesco, Ambev, B3, WEG, Suzano e Itaúsa.
A avaliação considera os retornos acumulados nos últimos doze meses, destacando o MSCI Brazil como o pior, de acordo com o JP Morgan. Embora o Brasil seja a 9ª maior economia do mundo, seu mercado financeiro é considerado incipiente, representando apenas 1% do mercado global de ações.
Um exemplo preocupante dessa situação foi observado recentemente na bolsa de Nova York, quando o valor de mercado da Truth Social, a rede social do ex-presidente Donald Trump, atingiu 10% do valor da estatal brasileira Petrobras em um único dia. Por sua vez, a Petrobras perdeu impressionantes R$ 50 bilhões em valor de mercado há três semanas, em uma única sessão.
Diante desses dados, o mercado financeiro brasileiro enfrenta desafios significativos, com impactos importantes na economia nacional e na confiança dos investidores, especialmente em meio a uma postura intervencionista por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a um cenário global complexo.