Os mais cotados para ocupar as duas vagas são os desembargadores Messod Azulay Neto, do TRF-2, e Ney Bello, do TRF-1, segundo aliados do presidente ouvidos pela CNN
CNN – O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sinalizado a pessoas próximas que deve nomear os novos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) até esta sexta-feira (29). Aliados de Bolsonaro disseram à CNN, em caráter reservado, que a nomeação “pode sair a qualquer hora”.
Os mais cotados para ocupar as duas vagas são os desembargadores Messod Azulay Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), e Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Ministros ouvidos em caráter reservado pela CNN disseram, no entanto, que Bolsonaro ainda não bateu o martelo definitivamente sobre os nomes.
Nesta quarta-feira (27), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, fez chegar ao Palácio do Planalto o apoio ao nome de Azulay Neto. A informação foi antecipada pela coluna “Radar”, da revista Veja, e confirmada pela CNN.
O gesto de Fux é considerado importante para que Azulay seja, de fato, escolhido. Embora, segundo relatos feitos à CNN, Ney Bello já estivesse garantido para o posto, ainda há resistências ao nome dele entre aliados de Bolsonaro.
Como mostrou a CNN em maio, ministros que integram a “bancada do Rio de Janeiro” no STJ viam a atuação de Fux como fundamental para que Bolsonaro escolhesse Azulay Neto como um dos dois novos ministros da Corte.
Azulay foi o mais votado pelo plenário do STJ em maio, quando o tribunal definiu a lista quádrupla enviada ao presidente. Embora Fux apoiasse Aluisio Gonçalves – que ficou fora da lista –, ministros do STJ disseram à CNN à época que a interlocução do presidente do Supremo com o Palácio do Planalto poderia garantir que um integrante do TRF-2 ocupasse uma das vagas.
Além de Azulay, também foram eleitos Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), próximo ao ministro Gilmar Mendes; Paulo Sérgio Domingues, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que tem o apoio do ministro Dias Toffoli; e Fernando Quadros, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a segunda instância da Lava Jato, ligado ao ministro Edson Fachin.