ESTADÃO | A pretensão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de transformar um dos dois grandes jatos A-330 da FAB no principal avião presidencial esbarra em duas dificuldades. A Força Aérea precisa da aeronave para missões de reabastecimento em voo dos seus caças, para deslocamento rápido de pessoal e para socorro médico. Além disso, o custo da conversão do Airbus para o arranjo executivo é alto.
Lula quer uma suíte com cama de casal e banheiro com chuveiro. Um gabinete de trabalho privativo, uma sala de reuniões e cerca de 100 poltronas semi-leito também entram nas demandas do presidente.
A Aeronáutica tem dois A330 comprados por Jair Bolsonaro (PL) em 2022 por US$ 80 milhões. Lula quer substituir o A319-ACJ, o “Aerolula”, adquirido durante seu primeiro mandato, em 2005, pelo modelo maior. O objetivo é dispor de mais espaço, maior conforto e de uma ala expandida para convidados e equipe de apoio.
A frota atual do Grupo de Transporte Especial (GTE) dispõe de um A319 para as viagens de longa distância, dois Emb-190 para as rotas regionais, jatos menores E-135 e E-145, mais dois helicópteros pesados.
Análises da área técnica têm apontado para duas soluções: adotar uma espécie de kit para mudar rapidamente a configuração do A330 ou a compra de uma terceira unidade.