Servidores que passaram mal ao ingerir suco dentro da unidade de menores infratores defenderam funcionário afastado da empresa terceirizada responsável pelo fornecimento do alimento
g1 AL – A Polícia Civil ouviu nesta terça-feira (7) o depoimento dos seis agentes que trabalham no Sistema Socioeducativo de Alagoas e que foram intoxicados na unidade de menores infratores em Maceió. Todos eles defenderam o funcionário afastado da empresa terceirizada responsável pelo fornecimento do alimento.
“Eles deram a mesma versão para os fatos. Contaram o que sentiram no momento da ingestão e também falaram sobre o funcionário, o entregador. Ele havia feito um comentário, perguntou se houve algum fato em relação ao suco, mas todos os agentes disseram que não acreditam que ele tenha envolvimento com o caso”, disse o delegado Oldembergue Paranhos.
Novos depoimentos serão colhidos nas próximas semanas. A Polícia Civil aguarda o laudo da perícia feita em uma amostra do suco que foi ingerido pelos agentes no dia em que eles passaram mal, assim como o resultado do exame de sangue. O delegado Oldembergue informou ao g1 que trabalha com duas linhas de investigação.
“Estamos trabalhando com duas hipóteses principais, que é a possível sabotagem com a empresa de fornecimento, de repente funcionários que não estão satisfeitos com os salários, ou a intenção de manter esses agentes desacordados, seja com o uso de soníferos para quem sabe fazer uma rebelião. É isso que vamos investigar”.
Os agentes apresentaram sintomas de intoxicação na última terça-feira (28) depois de almoçarem no Sistema Socioeducativo de Alagoas, onde trabalham. Eles passaram mal e foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro, onde receberam atendimento.
À época, a Seprev informou por meio de nota que acreditava que os agentes tinham sido intoxicados de forma proposital e que, por precaução, havia afastado o funcionário da empresa terceirizada, responsável pela entrega das refeições.