Alagoas é o único estado da federação que que irá realizar uma eleição direta para governador e vice-governador antes das eleições gerais de 2022, previstas para acontecer em outubro deste ano. Em outros estados seis estados, os governadores que irão participar do pleito eleitoral, foram substituídos por seus vices.
Apesar da regra eleitoral determinar essas sucessão, o estado de Alagoas não tem mais um vice-governador, uma vez que a pessoa que ocupava, Luciano Barbosa (MDB), foi eleito como prefeito de Arapiraca ao longo do mandato.
Por não ter essa figura, o processo natural é que o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), Marcelo Victor (MDB), ocupasse o cargo. Mas ele abdicou da função.
Devido a esse imbróglio, o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), o desembargador Klever Loureiro, assume interinamente o cargo, até que a eleição indireta para escolher o novo gestor do Executivo estadual aconteça, em 2 de maio.
“É uma experiência ímpar. Com a renúncia do governador Renan Filho, seria o presidente da ALE, mas o [deputado] Marcelo Victor abdicou de assumir. Então, houve esse entrave. Aí vai, na escala sucessória, o presidente do Tribunal de Justiça, é o que diz a Constituição Federal. E nesse caminhar, seguindo os ditames da nossa Constituição, será instalado um procedimento para uma eleição indireta”, afirma o governador interino, Klever Loureiro.
A eleição acontece de maneira indireta porque tem a votação popular, como acontece habitualmente.Nesta, os 27 deputados estaduais de que vão eleger governador e vice-governador que comandarão o estado até o final do ano.
O presidente da ALE-AL explica que a sessão será aberta e com voto nominal. Embora a votação seja feita pelos deputados, qualquer pessoa pode se candidatar, desde que atenda a requisitos pré-determinados. O edital com as regras para os candidatos deve ser publicado até a próxima sexta-feira (8).
“A eleição será em voto aberto, onde os parlamentares irão escolher em quem estão votando, tanto para governador, como para vice, em duas eleições, não é uma chapa como a gente vota nas eleições gerais”, explicou o deputado estadual Marcelo Victor, presidente da ALE.