Durante o evento de sua filiação ao PSB, Geraldo Alckmin, fez críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL), mas evitou citar nomes em sua fala. O ex-governador de São Paulo é o nome favorito para ser o vice na chapa de Lula na corrida presidencial. Ele, em seu discurso, relembrou como foi a disputa entre os dois nas eleições de 2006 e a classificou como “outro nível”.
“Disputei com o presidente Lula a eleição em 2006. Fomos para o segundo turno, mas nunca colocamos em risco a democracia. O debate era de outro nível, nunca se questionou a democracia”, disse o político.
Alckmin ainda defendeu a possível volta de Lula ao poder. ““O presidente Lula vai reinserir o Brasil no cenário mundial, vai alargar o horizonte do desenvolvimento econômico e vai diminuir essa triste diferença social que temos. O Brasil precisa ser bom não só para alguns, mas para todos”, declarou.
Alckmin não titubeou ao afirmar que a sua primeira medida como filiado ao PSB será focada no “combate à mentira”.
“É o que há de pior para o regime democrático, porque aqueles que criticam, que desconfiam e que agem de maneira displicente em relação ao resultado das eleições ofendem a democracia. Aqueles que ameaçam o Parlamento estão ameaçando a democracia. Aqueles que agridem o Supremo agridem a democracia”, disse Alckmin.
Em crítica direta a Bolsonaro, o ex-tucano continuou: “As ditaturas que suprimem a liberdade em nome do pão, não dão o pão que prometeram e não devolvem a liberdade”.
A campanha, segundo o ex-governador, será focada no enfrentamento de “dois pesadelos que assombram o país: a violência e a miséria”. “O Brasil tem uma dívida social com nossa população, mas isso aumentou e piorou enormemente. Esta é a razão de estarmos aqui no PSB. Este partido que é o partido da esperança”, completou.