O Antagonista | O ministro Alexandre de Moraes será o relator das investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes no Supremo Tribunal Federal (STF). A transferência de competência ocorreu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter identificado a participação de uma pessoa com foro especial.
Esse processo foi remetido nesta quinta-feira para a Primeira Turma do STF. Ao longo dos últimos dois anos, Alexandre de Moraes tem concentrado investigações consideradas sensíveis como, por exemplo, o inquérito das fake news, dos atos antidemocráticos e das fraudes em cartões de vacinação.
No STF tramitam investigações que envolvam o presidente da República, vice-presidente, ministros de Estado, senadores, deputados federais, integrantes de tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União.
Não foram divulgados detalhes sobre a pessoa com prerrogativa de foro que esteja envolvido na morte da vereadora. Nesta quinta-feira, 14, fez seis anos da execução da vereadora.
O encaminhamento do caso ao STF também atende a um pedido da família que, desde o início das investigações, solicita por uma atenção maior das autoridades federais.
Marielle e o motorista Anderson Gomes foram alvejados por criminosos no bairro do Estácio, no centro do Rio, em 14 de março de 2018.
Eles estavam dentro de um carro quando os criminosos se aproximaram e dispararam de dentro de um outro veículo.
O ex-policial militar Ronnie Lessa é o principal investigado pelo crime.
Segundo a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro, Lessa teria atirado contra o veículo em que estavam as vítimas.
Quem dirigia o carro onde estava o miliciano era o ex-policial militar Élcio de Queiroz.
A vereadora foi atingida quatro vezes na cabeça e Anderson Gomes levou três tiros nas costas.
Seis anos após o crime, estão presos por envolvimento no assassinato de Marielle Franco: Ronnie Lessa, Élcio de Queiroz, Maxwell Simões Corrêa e Edilson Barbosa dos Santos.