Representantes de esquerda de que falas do deputado no Dia Internacional da Mulher configuram ‘transfobia’ e ‘discurso de ódio’.
Conexão Política | André Mendonça será o relator das notícias-crimes contra Nikolas Ferreira por declarações proferidas no plenário da Câmara no Dia da Mulher. Os autos de três petições protocoladas no Supremo Tribunal Federal (STF) já foram distribuídos ao ministro.
Ao subir na tribuna, usando uma peruca, Nikolas afirmou que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”.
— Hoje, o Dia internacional das mulheres, a esquerda disse que eu não poderia falar, pois eu não estava no meu local de fala. Então, eu solucionei esse problema aqui. Hoje eu me sinto mulher. Deputada Nikole — disse o mineiro enquanto colocava uma peruca amarela.
Ele prosseguiu falando que as mulheres estariam “perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”. E que “eles estão querendo colocar uma imposição de uma realidade que não é a realidade”.
O parlamentar disse ainda que corria o risco de ir para a cadeia por transfobia por ter parabenizado apenas as “mulheres [cromossomo] XX”.
— É uma imposição. Ou você concorda com o que eles estão dizendo, ou caso contrário você é um transfóbico, homofóbico e preconceituoso — destacou.
Logo depois, o mineiro tirou a peruca e disse que as mulheres não deviam nada ao feminismo. “Retomem sua feminilidade, tenham filhos, amem a maternidade e formem sua família. Dessa forma vocês colocarão luz no mundo e serão valorosas”, completou.
Inscrita no artigo 53 da Constituição, a imunidade parlamentar — princípio que garante Nikolas Ferreira se posicionar como bem entender, dentro dos princípios constitucionais — diz que os deputados e senadores são “invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.