Aliados de Lula avaliam que há mais chance de advogado do petista ser aprovado na primeira indicação, em maio
Estadão | O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pretende levar em consideração a questão de gênero na escolha do indicado para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Lula tem recebido inúmeros apelos, sobretudo de movimentos sociais, para que uma mulher assuma uma cadeira na Corte – o ministro Ricardo Lewandowski vai se aposentar compulsoriamente em maio, quando completará 75 anos.
Assessores palacianos e um ministro do governo afirmaram que o petista tem dito que o gênero do candidato não será determinante para a escolha. Aliados de Lula avaliam que há mais chances de o nome do advogado Cristiano Zanin – apontado como candidato favorito ao Supremo nos bastidores de Brasília – prosperar na sabatina da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado e na votação no plenário da Casa caso seja indicado para a primeira vaga a que o governo terá direito.
Em rodas de conversas do Poder Judiciário circulava a hipótese de o presidente indicar uma mulher para a vaga de Lewandowski para ter como trunfo político a nomeação de mais uma ministra. A eventual nomeação de uma mulher levaria a um fato inédito em 131 anos de instituição – três ministras na composição do tribunal, que já tem Rosa Weber e Cármen Lúcia. Atual presidente da Corte, Rosa Weber deixará a toga em outubro.