Candidato à Presidência pelo PDT vem intensificando os ataques a Lula por campanha para virar votos de eleitores
O Globo – O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, aumentou ainda mais o tom das críticas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu partido, o PT. Após acusar petistas de fascismo, o ex-ministro comparou a campanha de voto útil em favor do petista com o nazismo, já que tentam “exterminá-lo” politicamente. A declaração foi dada nesta quinta-feira em sabatina do pedetista ao jornal “Correio Braziliense” e a TV Brasília.
— Estou muito chocado com a falta de escrúpulo do Lula e do PT. É impressionante. Me sinto como um cara objeto de extermínio. Eles não querem me derrotar: querem me exterminar. São nazistas mesmo e ficam acusando o Bolsonaro de fascista, que é também — disse Ciro.
O pedetista é alvo de uma campanha por parte do PT para que seus eleitores votem em Lula já no primeiro turno. O objetivo é que a eleição termine já no dia 2 de outubro e não se prolongue até o fim do mês, com receio de um fortalecimento do presidente Jair Bolsonaro (PL). A ofensiva, porém, tem feito com que Ciro intensifique as críticas ao ex-presidente, de quem já foi aliado.
Também nesta quinta-feira, Ciro comparou a campanha de voto útil com uma “guerra de extermínio” e que tentar mudar a posição do eleitor antes do primeiro turno da eleição é “puro fascismo”.
— Quando você tenta tirar a liberdade do povo, isso é puro fascismo. Isso aqui é uma guerra de extermínio — disse.
Apesar de Ciro criticar o voto útil, ele já o defendeu em 2018, quando a situação era mais favorável a ele. Na época, a campanha pelo voto útil tentava migrar os eleitores de Fernando Haddad, então candidato do PT ao Planalto, para pedetista, pois pesquisas apontavam que ele tinha mais chances de enfrentar Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno.