Presidente do Senado fez elogios a Roberto Campos Neto, presidente do BC, e a Lula: “São homens de boa intenção e, quando homens de boa intenção se reúnem, os problemas se resolvem”
CNN – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) afirmou nesta quarta-feira (8) que a autonomia do Banco Central foi um avanço e que o modelo afasta critérios políticos. A declaração foi dada após a CNN questionar se haveria espaço no Senado para discussão de matéria que volte a alterar as regras do Banco Central. A atuação do BC e a atual taxa de juros foram alvo de críticas esta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O assunto foi aprovado por ambas as casas e sancionado, depois houve uma discussão de constitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Eu, inclusive, defendi a constitucionalidade. Encaminhei memoriais aos ministros do Supremo. Eu considero que é um avanço, uma autonomia que afasta critérios políticos de algo que tem um aspecto técnico muito forte que é o Banco Central. Vamos buscar cuidar das questões do País, enfrentar os problemas dentro dessa realidade que existe, dessa autonomia do Banco Central e buscar criar as pontes necessárias entre as pessoas envolvidas para que a gente possa ter um propósito comum, bem sucedido. É isso que eu acredito”, ressaltou o presidente do Senado.
Rodrigo Pacheco também fez elogios ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O presidente do BC é um homem bem preparado, de muito bom trato e o presidente Lula está realmente muito determinado em enfrentar problemas de fome, de miséria, de conferir estabilidade ao Brasil. São todos homens de boa intenção e, quando homens de boa intenção se reúnem, os problemas se resolvem”.
Autonomia do Banco Central
A lei que estabelece autonomia do Banco Central foi sancionada em 2021 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre as regras previstas na lei, está a definição de um mandato fixo para o presidente e diretores da instituição de quatro anos, com possibilidade de recondução pelo mesmo período.
Na visão de especialistas ouvidos pela CNN, a independência do BC está intrinsecamente ligada à existência desse mandato, já que afasta interferências políticas que podem desviar o BC dos seus objetivos de política monetária.