Vítima de 42 anos foi morta a facadas após longa confusão na noite do dia 7 de setembro; suspeito confessou o crime e está preso
Nesta quinta (8), um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso acusado de matar um homem que era apoiador do ex-presidente Lula (PT) após uma discussão no município de Confresa, no Mato Grosso. O suspeito é Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos.
O caso aconteceu na noite de 7 de setembro. Rafael foi detido por ter buscado uma unidade de saúde por conta de um corte na mão. No hospital, funcionários acionaram a polícia e, então, Rafael foi levado para a delegacia. Lá, ele acabou confessando o crime por “motivação política”.
Antes, a Polícia Civil foi ao local do crime, numa chácara, e encontrou elementos que ligavam Rafael Oliveira ao crime. Ele confessou.
De acordo com a Polícia Civil, a briga teria começado por um soco dado pela vítima, Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos. Rafael, então, revidou o golpe. Benedito teria pego uma faca, que Rafael logo tomou de sua mão.
O suspeito atacou a vítima nas costas, desferindo 15 facadas contra o homem, no olho, testa e pescoço. Rafael foi a um barraco e pegou um machado, com o qual terminou o crime.
Rafael foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel.
— Segundo o próprio autor, ele deferiu aproximadamente 15 facadas. Tomei conhecimento que ele teve a prisão convertida para preventiva, então ele continuará preso pelos próximos dias —, afirmou o delegado Victor Donizete de Oliveira Pereira.
Na decisão da Justiça, Rafael teve a prisão convertida para preventiva pelo crime cometido por ódio político.
— Em um estado democrático de direito, no qual o pluralismo político é um dos seus princípios fundamentais torna-se ainda mais reprovável a conduta do custodiado — diz o juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes, na decisão.
O magistrado ainda destaca que a intolerância não será admitida pela Justiça.
— A intolerância não deve e não será admitida, sob pena de regredirmos aos tempos de barbárie. A liberdade de manifestação do pensamento, seja ela político-partidária, religiosa, ou outra, é uma garantia fundamental irrenunciável — pontua.