No início do conflito, em fevereiro, quando foi cobrado sobre uma conversa com Zelensky, Bolsonaro o chamou de “comediante”
Metrópoles – O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, na tarde desta segunda-feira (11/7), que tem uma ligação telefônica com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agendada para a próxima segunda-feira (18/7). O país vive uma guerra, após invasão pela Rússia no dia 24 de fevereiro. O combate dizimou cerca de 50 mil pessoas.
A confirmação da agenda do telefonema foi feita pelo chefe do Executivo enquanto falava, em uma coletiva de imprensa, sobre os temas debatidos com a presidente da Hungria, Katalin Novák. A líder húngara foi recebida no Palácio do Planalto, em Brasília, e almoça com o mandatário brasileiro.
“[Eu] Disse que no próximo dia 18 tenho um telefonema acertado com o Zelensky, assim como depois da minha visita à Rússia antes do conflito tive uma outra conversa com o presidente Putin. E, nós queremos, cada vez mais, fazer o possível pela paz”, sugeriu Bolsonaro.
Novák, que preside a Hungria desde maio, compartilha com Bolsonaro agenda conservadora nos costumes, sendo, por exemplo, contrária ao aborto.
Relação com Zelensky
Alguns dias após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a ser cobrado para prestar solidariedade ao povo ucraniano e demonstrar apoio a Zelensky, assim como outros líderes mundiais fizeram à época.
Em uma coletiva de imprensa, após ser questionado sobre a aproximação com o líder do país, Bolsonaro retrucou: “O povo [ucraniano] confiou num comediante o destino de uma nação. Ele [Volodymyr Zelensky] tem que ter equilíbrio para tratar dessa situação aí”, disse.
Alguns dias depois, ele voltou a mencionar a pressão que vinha sofrendo para conversar com o presidente da Ucrânia. “Alguns querem que eu converse com Zelensky, o presidente da Ucrânia. Eu, no momento, não tenho o que conversar com ele. Eu lamento, se depender de mim não teremos guerra no mundo”, disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Jovem Pan.