Estadão | Enquanto a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) tenta mobilizar o apoio de bolsonaristas nas redes sociais em defesa de seu mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) quer distância dela.
O entorno do ex-presidente costuma dizer o seguinte: Zambelli cria os problemas, se vitimiza e depois terceiriza a culpa.
Os aliados mais fiéis do ex-presidente também fazem questão de ressaltar que Zambelli não representa mais o bolsonarismo, embora ela tenha sido eleita na esteira desse grupo político.
Parte dos aliados de Bolsonaro atribui a Zambelli a responsabilidade pelo resultado nas urnas, pelo fato de, na véspera do segundo turno, ela ter perseguido o jornalista Luan Araújo empunhando uma arma de fogo. O episódio aconteceu no dia 29 de outubro, nos Jardins, zona sul de São Paulo. O segurança da deputada chegou a efetuar disparos, mas ninguém foi atingido.
Em vídeo nas redes sociais, nessa segunda, Zambelli admitiu estar preocupada sobre sua possível cassação. Conforme revelou a Coluna do Estadão, o ministro Alexandre de Moraes aguardava apenas as indicações para as duas vagas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para avançar com o processo que deve cassar o mandato da deputada.
E nesta terça, a abertura de processo no Conselho de Ética contra ela deixou a situação política da parlamentar ainda mais vulnerável.