Grupos de elite das polícias Militar e Civil foram para as favelas em uma operação conjunta para combater o roubo de veículos, de carga e a bancos.
G1 – Moradores do Complexo do Alemão relatam uma quinta-feira (21) de muito medo. Blindados nas ruas, rajadas incessantes e até tiros de grosso calibre contra um helicóptero da polícia estão entre os testemunhos enviados à TV Globo.
Desde as primeiras horas da manhã, o Bope e o Core, grupos de elite das polícias Militar e Civil, estão nas favelas em uma operação conjunta para combater o roubo de veículos, de carga e a bancos. Até a última atualização desta reportagem, uma moradora, um PM e dois suspeitos tinham morrido no confronto.
“Não tem como nem entrar nem sair da comunidade. É muito tiro, muito tiro mesmo. Muita rajada. Mais cedo, também teve granada. Tá muito complicado”, disse um morador.
“Helicóptero passando e os tiros não param. Também não irei trabalhar hoje, vou faltar. Assim como a maioria do pessoal aqui da comunidade”, emendou.
Mais relatos
“Já acordei com o som de tiros, três granadas dentro de 15 minutos, muito, muito tiro de fuzil.”
“Aqui no Alemão a chapa tá quente, e não conseguimos sair para trabalhar.”
“Moro em Pilares e estamos apavorados! Muito tiro e muitos helicópteros na região do Alemão.”
“Clima tá tenso aqui no Complexo do Alemão, só Deus.”
“Chuva de bala aqui no Alemão! Uma hora de tiros!”
“Está insustentável. Muito tiro na região do Complexo do Alemão, não conseguimos sair pra trabalhar. Que Deus nos proteja 😭”
“E hoje começamos o dia com chuva de balas! Nova Brasília, Complexo do Alemão.”
“Não adianta a polícia colocar 400 homens em operações pontuais. A polícia não corrupta precisa se fazer presente diariamente na comunidade. Enquanto isso não acontece, vivemos nesse verdadeiro inferno.”
E passageiros de um ônibus tiveram de se jogar no piso para fugir de balas perdidas.
A PM informou que criminosos atacaram a UPP da Fazendinha, onde estava o PM que morreu. Ele foi atingido no pescoço.
“As informações dos setores de inteligência apontam a presença de criminosos desta região praticando roubos de veículos principalmente nas áreas dos bairros do Grande Méier, Irajá e Pavuna”, informou a PM.
“Esse grupo vem empreendendo roubos a estabelecimentos financeiros — como aqueles que ocorreram no município de Quatis, em Niterói e na Baixada Fluminense — e roubos de carga, além de planejar tentativas de invasão a outras comunidades da cidade”, emendou.
“Com o objetivo de impedir a circulação das polícias no morro, os traficantes estão jogando óleo em vias e colocando fogo em barricadas”, acrescentou a Polícia Militar.