Nesta terça-feira, 31 de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, revelando que o mercado de trabalho no Brasil atingiu um recorde histórico de trabalhadores ocupados, resultando na taxa de desemprego mais baixa registrada em quase uma década.
De acordo com o levantamento, o país encerrou o trimestre que terminou em setembro com uma taxa de desemprego de 7,7%, o nível mais baixo desde o trimestre que terminou em fevereiro de 2015. Em termos absolutos, o desemprego afetava 8,3 milhões de brasileiros, cerca de 100 mil a menos em comparação com o trimestre imediatamente anterior, encerrado em junho deste ano, e 1,1 milhão a menos do que o registrado em setembro do ano anterior, representando uma queda de 3,8% no trimestre e 12,1% em relação ao ano anterior.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, explicou que a redução na taxa de desemprego foi impulsionada pelo crescimento significativo no número de pessoas empregadas e pela diminuição das pessoas em busca de trabalho durante o terceiro trimestre de 2023. Um destaque importante da pesquisa é o aumento do emprego formal no país. Comparando com o trimestre que terminou em junho, a ocupação no mercado de trabalho cresceu 0,9%, o que corresponde a quase 1 milhão (929 mil) de pessoas a mais trabalhando no Brasil, sendo que mais da metade (587 mil) foi contratada com carteira de trabalho assinada.
Adriana enfatizou que, embora a informalidade não tenha diminuído, a expansão da ocupação formal foi muito maior que a da informalidade. O mercado de trabalho absorveu 631 mil trabalhadores formais e 299 mil informais durante o trimestre, levando a uma taxa de informalidade de 39,1%, que permaneceu estável na comparação trimestral.
O resultado da pesquisa PNAD Contínua reflete uma melhoria significativa no mercado de trabalho brasileiro, com mais pessoas empregadas e uma taxa de desemprego historicamente baixa. Essa tendência positiva é um indicativo do crescimento da economia e da criação de oportunidades de emprego formais no país.