A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) afirmou nesta quarta (21) que o Brasil corre um risco muito alto de ter a poliomielite reintroduzida no país por conta da queda na cobertura vacinal na região. República Dominicana, Haiti e Peru também correm o mesmo risco.
Hoje, a cobertura vacinal no país é de cerca de 79%, o menor índice desde 1994.
Neste mês, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, declarou uma emergência na tentativa de acelerar os esforços para vacinar moradores contra a poliomielite depois que o vírus foi detectado em amostras de esgoto. Casos também foram detectados em Londres e Jerusalém.
A pólio pode causar paralisia irreversível em alguns casos, mas pode ser prevenida por uma vacina disponibilizada pela primeira vez em 1955. Embora não haja cura conhecida, três injeções da vacina fornecem quase 100% de imunidade.
Autoridades de saúde pública disseram que a hesitação sobre vacinas contribuiu para a queda nas imunizações contra a poliomielite, ao mesmo tempo em que a Covid-19 causou a pior interrupção na vacinação de rotina em uma geração, segundo a Organização das Nações Unidas.
A doença aterrorizou pais em todo o mundo durante a primeira metade do século 20. Afetando principalmente crianças menores de cinco anos, geralmente é assintomática, mas também pode causar sintomas como febre e vômitos. Cerca de uma em cada 200 infecções leva à paralisia irreversível e, entre esses pacientes, até 10% morrem.