Segundo apurou a reportagem, o objetivo é esvaziar a pressão da ala desenvolvimentista do PT e evitar um aumento ainda maior da meta de inflação para 4% em junho
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sinalizou a integrantes do governo federal que deve aumentar a meta de inflação de 3,25% para 3,5% neste ano. A oficialização da medida deve ser feita na reunião do Conselho Monetário, que acontecerá na próxima semana.
O Banco Central não irá se manifestar sobre o caso.
O objetivo desse aumento é esvaziar a pressão sofrida por Campos Neto pelo ala desenvolvimentista do PT e evitar um aumento ainda maior para 4% em junho.
O CMN é formado por Campos Neto e pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento). Integrantes do alto escalão do governo avaliam que, além disso, a ideia é adaptar a meta de inflação a um cenário mais real da conjuntura econômica nacional e mundial.
Não há decisão tomada sobre o assunto e ainda não se sabe se a revisão da meta de inflação vai ser incluída na pauta da reunião da semana que vem.
Uma ala do governo prefere deixar o assunto cair no esquecimento se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cessar os ataques ao BC. O receio é desancorar ainda mais as expectativas de inflação e provocar um aumento da taxa de juros de longo prazo.