Rede questionou mudança de local do desfile cívico-militar para Copacabana, onde também será realizado ato bolsonarista
Poder 360 – A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu 5 dias para o presidente Jair Bolsonaro (PL) explicar a mudança do local em que será realizado o desfile cívico-militar do 7 de Setembro no Rio de Janeiro.
“Requisitem-se, com urgência e prioridade, informações ao Presidente da República, a serem prestadas no prazo máximo e improrrogável de cinco dias”, escreveu a magistrada. Ela também determinou que a AGU (Advocacia Geral da União) e a PGR (Procuradoria Geral da República) se manifestem.
A Parada Militar do 7 de Setembro na capital fluminense geralmente é realizada no centro da cidade, na Avenida Presidente Vargas, mas Bolsonaro propôs realizar o evento na Avenida Atlântica, em Copacabana, próximo de onde será realizado um ato bolsonarista.
Cármen é a relatora da ação em que a Rede contesta a realização do desfile em Copacabana. A sigla argumentou que a mudança anunciada por Bolsonaro não tem motivação técnica, mas político-eleitoral.
Essa é a 1ª vez que Bolsonaro passa o 7 de Setembro no Rio de Janeiro desde que assumiu o governo. O Estado é seu reduto eleitoral e onde lançou sua candidatura à Presidência da República.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), disse na 3ª feira (2.ago) estar “inteiramente à disposição do governo federal” para realizar o desfile de 7 de Setembro na Praia da Copacabana. No entanto, afirmou que a mudança de local do evento demanda uma “logística bastante complexa”.