Autoridades do Canadá dizem ter entrado em contato com a fabricante para entender causas do defeito
WASHINGTON, XANGAI e SÃO PAULO | REUTERS – Autoridades do Canadá disseram na sexta-feira (27) que estão investigando a causa de um incêndio em um veículo da Tesla, empresa do bilionário Elon Musk. O motorista precisou quebrar o vidro para sair do veículo.
A Transport Canada disse após o incêndio no Tesla Modelo Y 2021, em 20 de maio em Vancouver, que sua equipe de perícia e investigação de colisões “localizou e isolou o veículo”.
A agência acrescentou que “notificou a Tesla sobre o incidente e está atualmente tomando providências para uma inspeção conjunta do veículo, em um esforço para determinar a causa do incêndio”.
O site especializado Electrek postou um vídeo do incidente, em que o proprietário disse que recebeu uma notificação de erro e depois sentiu cheiro de fumaça.
Segundo o site, Jamil Jutha estava dirigindo o Tesla, que ele comprou há apenas oito meses. O motorista disse que para sair teve de quebrar o vidro da janela. “Eu chutei a janela, porque tudo parou. A energia foi cortada, a porta não abria, e os vidros não abaixavam.”
A Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos disse à Reuters, na quinta-feira (26), que “está ciente do incidente e entrou em contato com o fabricante para obter informações”.
Ainda de acordo com o site, após alguns minutos com a fumaça saindo do veículo, o Tesla começou a pegar fogo por dentro. Os bombeiros chegaram minutos depois e conseguiram controlar o fogo.
Uma vez em segurança do lado de fora, ele pediu a alguns operários de uma obra próxima para ajudá-lo a desviar o tráfego, porque temia que a bateria pudesse explodir, segundo informa o canal CTV News.
Em circunstâncias normais, as portas de um Tesla Y abrem com o toque de um botão. Há uma opção mecânica disponível para emergências, mas Jutha disse que não é totalmente intuitivo e foi difícil achar o mecanismo durante o incêndio, ainda de acordo com o CTV.
A Tesla não respondeu a um pedido de entrevista da Reuters.
No último dia 23, a fabricante disse que planeja restabelecer a produção em sua fábrica em Xangai, na China, no patamar em que operava antes do lockdown.
A Tesla pretende mais que dobrar a produção diária na fábrica de Xangai, impactada pelas restrições contra Covid-19 na cidade, para 2.600 veículos elétricos.
Também neste mês, a S&P Dow Jones excluiu a Tesla de seu índice S&P 500 ESG Index, citando questões como discriminação racial e colisões ligadas ao sistema de piloto automático dos veículos da montadora.
A decisão disparou uma série de tuítes raivosos de Musk, presidente-executivo da empresa.
A exclusão da Tesla do índice marca o crescente debate sobre as métricas usadas para julgar observância de questões ambientais, sociais e de governança, reunidas sob a sigla ESG.