Extra – O saque a um supermercado em Inhaúma, na Zona Norte do Rio, neste sábado teve como alvo principal os segmentos de cerveja, carnes chocolates e de perfumaria. O prejuízo pelo roubo ainda é levantado pelo estabelecimento, que também calcula o quanto será necessário para reparar equipamentos danificados. Segundo funcionários, “homens armados entraram no mercado pouco depois das 20h e incitaram a população a levar alimentos e bebidas”.
Nas redes sociais a rede Inter publicou uma nota lamentando o ataque.
“Ao nos depararmos com as tantas cenas de destruição que circularam pela mídia, o nosso coração se encheu de tristeza e por que não confessar, de mágoa, decepção e revolta. Revolta com o desrespeito aos trabalhadores, aos nossos clientes que estavam na loja e que usufruem da loja, à nossa empresa, a quem honra o compromisso de servir há tantos anos a despeito das condições climáticas, econômicas, políticas ou quaisquer outras adversidades”, diz trecho da publicação.
A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o roubo ao Inter Supermercado. Os investigadores querem saber se Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, uma das principais lideranças do tráfico de drogas do Complexo da Penha, na Zona Norte, deu permissão para que ao menos 200 pessoas, algumas delas supostamente armadas, fizessem um arrastão no mercado.
Na manhã deste domingo, o diretor logístico da Rede Inter e outros funcionários da unidade estiveram na delegacia do bairro para registrarem um boletim de ocorrência. Em seguida, uma perícia será feita no local do crime. O objetivo é recolher impressões digitais e câmeras de segurança.
A 44ª DP (Inhaúma) vai investigar se a ação foi orquestrada e de quem partiu a ordem para o ataque a unidade do mercado. Segundo investigadores da distrital, funcionários tiveram seus pertences roubados durante o crime. Essas vítimas serão chamados à prestarem depoimentos nos próximos dias.
Os investigadores querem saber se o arrastão ao mercado teve a anuência de Doca, uma das principais lideranças do tráfico de drogas do Complexo da Penha, na Zona Norte, — que fica a poucos metros do supermercado —, e considerado um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro. Neste momento, o crime investigado é o de roubo a mão armada.
Doca é acusado de diversos delitos. Eles entre está o sequestro do piloto de helicóptero Adônis Lopes de Oliveira, ocorrido em setembro do ano passado. À ocasião, o atual piloto do governador Cláudio Castro, foi sequestrado durante um voo em que retornava de Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense, à capital carioca.
Dois criminosos armados renderam o piloto, que fazia um trabalho paralelo de táxi aéreo. A intenção deles, de acordo com o relato da vítima, era resgatar detentos de Bangu 8, no Complexo de Gericinó. No entanto, a tentativa foi frustrada quando o policial resolveu reagir à investida.
O Portal dos Procurados está oferecendo R$ 1 mil para quem tiver informações que levem à prisão de Doca.