O Antagonista | O estado de Santa Catarina está passando por um período de intensas chuvas, que já afetaram 132 municípios. De acordo com a Defesa Civil, 67 deles decretaram situação de emergência, e duas mortes foram confirmadas nas cidades de Rio do Oeste e Palmeira.
Na madrugada de hoje, o rio na região do Alto Vale do Itajaí alcançou a marca histórica de 12,11 metros acima do nível normal, e a área alagada está em alerta. A cidade de Taió foi uma das mais afetadas pela enchente do rio, no último domingo (8).
A situação em Taió se agravou nas primeiras horas desta segunda-feira (9), com o aumento do volume das chuvas na bacia do Rio Itajaí-Açu. O comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, coronel Fabiano de Souza, informou que equipes adicionais foram enviadas para auxiliar no trabalho de resgate.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que duas rodovias federais estão interditadas devido às cheias no estado. A BR-470 km 150, em Agronômica, está totalmente bloqueada. Já na BR-101 km 403, em Araranguá, o fluxo de trânsito no sentido Norte foi desviado para a pista sentido Sul, com apenas uma faixa em cada sentido.
A Defesa Civil alertou que o risco de deslizamentos de terra ainda é alto em todas as regiões de Santa Catarina, devido ao solo encharcado causado pelas chuvas dos últimos dias.
Apesar da melhora no tempo nesta segunda-feira, a Defesa Civil prevê o retorno de chuvas volumosas ao estado na quarta (11) e quinta-feira (12). O coordenador de monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Santa Catarina, Frederico Rudorff, alertou que o volume de chuva pode chegar a 60-80 milímetros em 24 horas, com algumas localidades podendo ultrapassar os 100 milímetros por dia.
O governo de Santa Catarina já distribuiu mais de 39 mil itens de assistência humanitária. Até o momento, foram abertos 121 abrigos em 52 municípios.
O diretor de Gestão de Desastres da Defesa Civil de Santa Catarina, coronel Cesar de Assunção Nunes, afirmou que o governo estadual está mobilizado para reduzir os impactos das fortes chuvas. “O estado tem de voltar à normalidade. Então, entramos em uma outra etapa, que é a reconstrução. Nós estamos em conversa com o governo federal para saber quais as medidas que precisam ser tomadas. Até porque, algumas medidas legais estão em andamento”, disse o diretor.