A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou, nesta quinta-feira (24), o convite para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, explique o suposto favorecimento a pastores com recursos públicos da pasta. Ribeiro deve ser ouvido próxima quinta-feira (31).
A convocação do ministro após a divulgação de áudios e reportagens da “Folha de São Paulo” e “O Estado de São Paulo”, apontando a existência de um “gabinete” paralelo, formado por pastores que controlariam a liberação de verbas, além da agenda, do Ministério da Educação (MEC)
Em áudio divulgado pela “Folha de S. Paulo”, Ribeiro afirma que repassa verbas para municípios indicados por dois pastores, e que faz isso a pedido do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com as reportagens, há suspeita de que os pastores cobravam propina para liberar os recursos do MEC.
O Presidente da Comissão de Educação, o senador pelo Piauí Marcelo Castro (MDB) acredita que exista “tráfico de influência explícito” e que o ministro prioriza a liberação de recursos para amigos.
“Ontem, diante dos fatos ocorridos recentemente, com o áudio que vazou do ministro, eu recebi um telefonema do ministro se prontificando a vir à comissão na hora e o dia que a comissão se dispusesse a ouvi-lo. Ao chegar agora pela manhã, recebi aqui da secretaria da comissão um ofício do ministro enviado às 4h20 do dia de hoje”, afirmou Castro.
Em nota divulgada na quarta (22), Ribeiro negou favorecimento a pastores e também que a prática ocorresse a pedido de Bolsonaro.