Presidente da Câmara disse que líderes farão ‘reunião muito dura’ sobre o tema na próxima semana. Nesta sexta, estatal anunciou que gasolina vai subir 5,18%, e diesel, 14,26% nas refinarias.
G1 – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou nesta sexta-feira (17), em entrevista à GloboNews, a decisão da Petrobras de reajustar os preços da gasolina e do diesel nas distribuidoras.
Segundo Lira, a partir da próxima semana, os parlamentares debaterão a política de preços e de distribuição de lucros da estatal. O presidente da Câmara também voltou a pedir a renúncia do presidente da companhia, José Mauro Coelho, que já foi “demitido” por Bolsonaro (entenda abaixo).
Questionado sobre uma eventual mudança na taxação de lucros da Petrobras, Lira disse que há “toda possibilidade” de que o tema seja enfrentado pelo Congresso.
“Há uma proposta similar a essa nos Estados Unidos, feita pelo presidente [Joe] Biden com um senador democrata. As petrolíferas privadas, lá, pagam 21% de impostos sobre os lucros. Eles estão discutindo dobrar para 42%”, citou.
“Aqui, a Petrobras paga de CSLL, por exemplo, ‘xis %’ sobre o lucro. Nós vamos por exemplo dobrar essa taxação e tentar reverter isso diretamente para a população, para que também entre no caixa do governo, não vá para o Tesouro e não esteja sujeito à lei do teto de gastos. E que a gente possa reverter isso para diminuir a compensação da diferença do custo do diesel no exterior para cá”, disse Lira.
“Não há necessidade desse açodamento, tem várias maneiras de você fazer essa compensação. Não custava nada para a Petrobras reduzir um pouco os seus lucros agora, esperar o resultado do que nós estamos fazendo para diminuir a inflação dos mais vulneráveis. Ela [Petrobras] não tem absolutamente nenhuma sensibilidade e a sua diretoria, o seu conselho deliberativo e o seu presidente demitido agem com retaliação”, declarou Lira.
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras, válido a partir de 18 de junho. O diesel não era reajustado desde 10 de maio – há 39 dias. Já a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março – há 99 dias. Os preços do GLP não serão alterados.
Com o reajuste, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (alta de 5,18%). Para o diesel, preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro (alta de 14,26%).
Lira confirmou, na entrevista, que conversou nesta quinta (16) por telefone com o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, para tentar convencê-lo a adiar o reajuste. A informação já havia sido divulgada pelo blog do jornalista Valdo Cruz no g1.
“Nós vamos fazer sim uma reunião muito dura com técnicos das áreas de energia, de petróleo, de gás, com assessoria responsável, trazer pessoas que nos orientem. Nós não queremos o caos, mas nós queremos abrir essa caixa-preta da Petrobras e responsabilizar essa diretoria e esse presidente por esses atos de má-fé com o povo brasileiro”, disse o presidente da Câmara.
“Não há necessidade desse açodamento, tem várias maneiras de você fazer essa compensação. Não custava nada para a Petrobras reduzir um pouco os seus lucros agora, esperar o resultado do que nós estamos fazendo para diminuir a inflação dos mais vulneráveis. Ela [Petrobras] não tem absolutamente nenhuma sensibilidade e a sua diretoria, o seu conselho deliberativo e o seu presidente demitido agem com retaliação”, declarou Lira.
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras, válido a partir de 18 de junho. O diesel não era reajustado desde 10 de maio – há 39 dias. Já a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março – há 99 dias. Os preços do GLP não serão alterados.
Com o reajuste, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (alta de 5,18%). Para o diesel, preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro (alta de 14,26%).
Lira confirmou, na entrevista, que conversou nesta quinta (16) por telefone com o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, para tentar convencê-lo a adiar o reajuste. A informação já havia sido divulgada pelo blog do jornalista Valdo Cruz no g1.
“Nós vamos fazer sim uma reunião muito dura com técnicos das áreas de energia, de petróleo, de gás, com assessoria responsável, trazer pessoas que nos orientem. Nós não queremos o caos, mas nós queremos abrir essa caixa-preta da Petrobras e responsabilizar essa diretoria e esse presidente por esses atos de má-fé com o povo brasileiro”, disse o presidente da Câmara.
Pressão pela renúncia
Desde a tarde de quinta-feira (15), quando o Conselho de Administração da Petrobras avalizou o reajuste, que Lira, o presidente Jair Bolsonaro e ministros do governo federal criticam publicamente a decisão da estatal.
Além de Arthur Lira, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira também procurou o presidente da Petrobras a fim de pressionar pelo recuo no reajuste. Ambos desejam que Coelho deixe de forma imediata o comando da Petrobras.
Coelho teve a demissão anunciada pelo Ministério de Minas e Energia em dia 23 de maio, após 40 dias no cargo. Ele foi o terceiro presidente da estatal no governo Jair Bolsonaro. Os dois anteriores, também demitidos, são Roberto Castello Branco e Joaquim Silva e Luna.
Para o lugar de José Mauro Coelho, o governo decidiu indicar Caio Mário Paes de Andrade, auxiliar do ministro Paulo Guedes no Ministério da Economia, onde ocupava o cargo de secretário de Desburocratização.
Contudo, a indicação de Andrade precisa ser aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras, o que ainda não aconteceu. A renúncia de Coelho poderia acelerar a troca.