Presidente do Partido Liberal (PL) terá de explicar utilização do fundo partidário em elaboração de documento contra urna eletrônica
Nesta quinta (29), a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral definiu um prazo de 24 horas para que o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, dê explicações sobre o uso do fundo partidário para a criação do documento que vai contra as urnas eletrônicas.
O documento divulgado pelo partido aponta 24 supostas falhas no sistema eleitoral brasileiro, baseado em uma auditoria feita pelo PL.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que o documento tem conclusões “falsas e mentirosas” e analisa se vai abrir investigação sobre a divulgação do material.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, ainda mandou que o documento seja anexado ao inquérito das fake news para a apuração criminal dos idealizadores da nota.
Há integrantes do PL de olho em quanto podem perder se embarcarem nesse conspiração e preocupados com as candidaturas e campanhas.
Esse episódio expõe uma divisão no Partido Liberal. Uma ala mais pragmática que diz respeito a um partido que não é de agora, que já tem cravado seu nome na história da política brasileira e esteve na base de sustentação de outros governos; e tem uma outra ala, mais nova, chamada de bolsonarista.
Quando Bolsonaro confirmou sua ida ao PL, ele levou consigo vários parlamentas que eram do antigo PSL, hoje União Brasil, e acabou abrindo um grupamento dentro do partido de pessoas mais associadas à ala ideológica e às intenções bolsonaristas.