A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro reiterou sua negação de envolvimento com a fraude no cartão de vacinação, após novas revelações sobre a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Cid afirmou à Polícia Federal que cumpriu ordens de Bolsonaro, conforme relatado pelo portal “UOL” e confirmado pela CNN.
Nesta terça-feira, os advogados de Bolsonaro encaminharam à CNN uma cópia do teste PCR que o ex-presidente teria realizado nos Estados Unidos antes de retornar ao Brasil. Segundo Paulo Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro, esse documento foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) como parte de seu argumento de que o ex-presidente não teria motivo para falsificar um cartão de vacinação.
A defesa de Bolsonaro alega que, na condição de presidente, ele entrou nos Estados Unidos em dezembro de 2022 sem a necessidade de apresentar um certificado de vacinação. Ao retornar ao Brasil em março deste ano, o teste de PCR teria sido suficiente para obter a autorização para viajar de avião e desembarcar no Brasil.
Paulo Cunha Bueno enfatizou que Bolsonaro sempre teve uma posição conhecida contra a vacina, o que tornaria desnecessária qualquer falsificação de cartão de vacinação. A defesa sustenta que Bolsonaro não participou, nem tinha conhecimento de qualquer tipo de falsificação, e não teria motivo para autorizar tal ação.
O caso da fraude no cartão de vacinação continua a ser objeto de investigação e debate, e a defesa de Bolsonaro busca esclarecer o papel do ex-presidente na questão. Enquanto isso, as alegações de Cid continuam a gerar discussões na esfera jurídica e política.