As instituições disseram que Ciro Gomes cometeu “irresponsáveis declarações” ao afirmar que as Forças Armadas são coniventes com os crimes ocorridos na região da Amazônia
BSM – O Ministério da Defesa e as Forças Armadas enviaram à Procuradoria-Geral da República uma notícia-crime contra o pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), sobre as declarações do político contra as Forças.
Por meio de nota, as instituições disseram que Ciro Gomes cometeu “irresponsáveis declarações” ao afirmar que as Forças Armadas são coniventes com os crimes ocorridos na região da Amazônia.
Para o pré-candidato, o narcotráfico da região é protegido por autoridades brasileiras.
“Bolsonaro destruiu as raríssimas bases de comando e controle: ele desmontou o ICMBio, desmontou a Funai, desmontou o Ibama, destruiu a capacidade operacional das Forças Armadas, que não têm efeito, verba, tecnologia para administrar a imensa faixa de fronteira seca”, disse. “E isso acabou transformando o território nessa holding do crime, claramente protegida por autoridades brasileiras, inclusive das Forças Armadas.”
De acordo com a Defesa, as falas do presidenciável “afetam gravemente a reputação e a dignidade” das instituições que afirmam que “muito se orgulham” de trabalhar pela defesa e proteção da região e no “combate a ilícitos ambientais e transfronteiriços”.
“Não é admissível, em um estado democrático, que sejam feitas acusações infundadas de crime, sem a necessária identificação da autoria por parte do acusador e sem a devida apresentação de provas, ainda mais quando dirigidas a instituições perenes do Estado brasileiro”, informa a nota.
No pedido enviado à Justiça, fala-se nos crimes de “incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade” e “propalar fatos, que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das Forças Armadas ou a confiança que estas merecem do público”.