Em depoimento, membros da equipe médica disseram que estranharam procedimento de sedação de grávidas
CNN Brasil – A Polícia Civil espera ouvir ainda nesta terça-feira (12) o marido da mulher vítima de estupro durante uma cesárea no último domingo (10).
Até o momento Policiais da Delegacia de Atendimento a Mulher de São João de Meriti já ouviram membros da equipe médica, funcionários do hospital e mulheres que acreditam que foram vítimas do anestesista Giovanni Quintella Bezerra.
Segundo a delegada Bárbara Lomba, em depoimento membros da equipe médica falaram sobre a sedação. “Eles disseram que não é o procedimento geralmente adotado. Eles não ficavam olhando exatamente o que ele (Giovanni) estava fazendo porque estavam atentos à cirurgia.”
A partir dos depoimentos, a polícia concluiu que Giovanni sempre agia no final dos procedimentos. “O crime foi no final. Foi na hora da sutura. Nós não tínhamos ideia de em que momento o crime acontecia. Agora sabemos que foi na finalização”, disse a delegada.
A delegada espera ouvir também as outras duas pacientes que foram atendidas no mesmo dia da filmagem.
“Temos indícios de que ele cometeu o mesmo crime com outras pacientes no mesmo dia. Mesma forma de agir”, disse ela.
O anestesista, de 32 anos, foi preso depois que funcionários da unidade de saúde onde ele trabalhava filmaram com um celular escondido o momento em que ele passava o órgão genital no rosto de uma paciente desacordada durante uma cesariana. As imagens foram apresentadas a investigadores da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, onde o caso foi registrado.