Augusto Fonseca contesta avaliação sobre qualidade do trabalho, apresentada pelo PT para seu afastamento
Folha de São Paulo – Demitido da função de marqueteiro da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (21), Augusto Fonseca diz que as críticas internas de que seu trabalho era de má qualidade são “desculpa esfarrapada”.
“[A demissão foi] Injusta. Porque o problema não era eu, nem meus sócios. As desculpas esfarrapadas de qualidade de vídeo e outras são escaramuças”, afirmou ao Painel. “Conversa para boi dormir”, completou.
Fonseca foi dispensado após um processo de fritura interna no PT. Ele acabou sendo atingido no fogo cruzado entre o coordenador de comunicação de Lula, o ex-ministro Franklin Martins, e o secretário de Comunicação do partido, Jilmar Tatto. Ambos travam uma disputa por espaço e sequer se cumprimentam.
Fonseca foi contratado num processo comandado por Franklin, mas passou a ser criticado por membros da direção do PT. Eles apontavam o alto custo do contrato, de R$ 45 milhões, e a fraca qualidade das inserções do partido na TV, que tinham Lula como protagonista. A objeção apontada é que faltava vibração nas mensagens.
O publicitário contexto essa avaliação e diz que os vídeos foram aprovados “com louvor” por petistas, levando inclusive Lula às lágrimas.
Ex-jornalista, Fonseca afirmou que é preciso revelar as causas verdadeiras para sua demissão. “Não sou mais repórter, mas eu estaria atrás da verdade, porque nem um bebê recém-nascido engole”, declarou. Ele disse que não sabe qual a razão real para sua demissão, no entanto.
O partido agora vai atrás de um substituto. O publicitário baiano Sidônio Palmeira, que já fez campanhas para petistas, é o favorito.