O deputado federal Delegado Fabio Costa (PP/AL) recebeu inúmeras denúncias de que o Hospital e Maternidade Santo Antônio e o Hospital Médico Cirúrgico de Alagoas (antiga Maternidade Paulo Neto) suspenderam o atendimento a pacientes pelo SUS.
A medida foi tomada em consequência da falta de repasses do Governo do Estado que garantem a assistência aos usuários nestas unidades.
O parlamentar recebeu parte da equipe destes equipamentos que confirmaram a grave situação e o atraso no pagamento dos salários de todos os funcionários. No caso da Maternidade Santo Antônio, pela situação insustentável, pediatras, anestesiologistas, ginecologistas e obstetras cruzaram os braços em busca dos direitos.
Lá, Fabio Costa ouviu da direção que o repasse dos recursos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) estava atrasado desde o começo do ano, justamente quando as dificuldades financeiras da unidade começaram. A dívida do governo somada, segundo os diretores, alcançaria R$ 3 milhões.
“A maternidade atendia a 22 bairros de Maceió, além de outros seis municípios da Região Metropolitana. Agora, as mulheres que precisarem desse serviço essencial terão que perambular até encontrar um atendimento adequado. Tudo isso gerado pelo descaso provocado pelo Governo de Alagoas”, criticou o deputado.
Ele esteve na unidade e constatou que os serviços estão paralisados e sem previsão de serem retomados. Além da equipe médica, enfermeiros, técnicos e funcionários administrativos aguardam pela regularização dos vencimentos mensais. Alguns relataram que estão há três meses sem receber nada.
“Governador, a vida dessas pessoas, parturientes, recém-nascidos e trabalhadores, está em suas mãos”, alertou o parlamentar.
Na antiga Paulo Neto, os trabalhadores denunciaram que estão há três meses com os salários atrasados e dizem que ouvem da direção da unidade que o problema está acontecendo pela falta de repasse da verba da Sesau. Por lá, as cirurgias eletivas gerais, ortopédicas e ginecológicas, por exemplo, estão suspensas há quase um mês pelo SUS. Os insumos também estão faltando.
As equipes dizem conviver com a pressão psicológica o tempo todo, sem ter dinheiro para pagar as contas.
“Estas são algumas denúncias, diante de tantas outras, que demonstram o caos que a saúde pública estadual está enfrentando. Os alagoanos que precisam de cirurgias eletivas não estão tendo a mesma oportunidade que a filha do governador teve quando precisou de uma maternidade. Este é o resultado da péssima condução do governo do Estado”, frisou Fabio Costa.