O deputado Dudu Ronalsa (PSDB) lamentou a situação dos moradores do Flexal de Cima e Flexal de Baixo, em Bebedouro, na capital alagoana, que ficaram ilhados após evacuação dos bairros que sofrem com afundamento causado pela mineração de sal-gema feita pela Braskem – a área não foi incluída no plano de compensação.
“É triste a situação destas pessoas que moram numa localidade sem farmácia, posto de saúde ou qualquer infraestrutura. Sem contar que parte dos imóveis apresenta rachaduras, assim como naqueles que foram esvaziados’, disse o parlamentar.
Ronalsa ressaltou ainda que a situação gera grande insegurança aos moradores. “A maior parte do comércio próximo fechou e até o acesso ao transporte público tem sido difícil. Pedimos que o Ministério Público e o Judiciário olhem para aquelas pessoas, e que possam fazer um plano, junto com a Braskem, para retirá-las. Aquela região não oferece mais nenhuma condição de moradia”, destacou.
Em aparte, o deputado Ronaldo Medeiros (MDB) disse que a Braskem, além de ter destruído uma região inteira, continua intocável. “A empresa acabou com laços familiares, com a história e com milhares de negócios que existiam ali. Ela negocia quando quer, paga quando quer e quem não aceitar que aguarde. Essa é a Braskem, uma empresa que tanto mal vem fazendo a uma parcela considerável dos maceioneses e ao meio ambiente”, afirmou.
Também em aparte, o deputado Léo Loureiro (PP) defendeu, mesmo não concordando com parte dos termos, que o acordo firmado pela Braskem, Ministério Público e Poder Judiciário seja cumprido. “Uma parte do acordo foi paga, é preciso que o restante também seja honrado. O que não pode é desfazer o que já foi homologado, o que não pode é a população ser penalizada”, disse.