Petição com lista de assinaturas foi publicada no Twitter nesta segunda-feira (12)
Nesta segunda (12), em uma lista de assinaturas postada no Twitter, deputados de 18 municípios de Moscou, São Petersburgo e Kolpino pediram a renúncia do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
“Nós, os deputados municipais da Rússia, acreditamos que as ações de seu presidente Vladimir Putin são prejudiciais ao futuro da Rússia e de seus cidadãos. Exigimos a renúncia de Vladimir Putin do cargo de Presidente da Federação Russa”, disse a petição postada por Ksenia Thorstrom, deputada local do distrito de Semenovsky em São Petersburgo.
A petição segue as primeiras eleições regionais e municipais da Rússia desde o início da guerra, que trouxe uma vitória arrebatadora para os candidatos pró-Kremlin.
“O texto da petição é conciso e não “desacredita” ninguém. Se você é mundep (deputado municipal) e quer participar, seja bem-vindo”, disse Thorstrom em um post no Twitter.
O conselho de Lomonosovsky, um distrito de Moscou, também pediu que Putin renuncie ao cargo afirmando que “suas opiniões e seu modelo de governo estão irremediavelmente desatualizados e impedem o desenvolvimento da Rússia e seu potencial humano”.
Na semana passada, deputados da cidade de Smolninskoye, em São Petersburgo, pediram que a Duma Estatal da Federação Russa apresentasse acusações de traição contra Putin.
Vários deles agora enfrentam acusações por desacreditar o exército russo, de acordo com um post no Twitter de uma das autoridades locais, Nikita Yuferev.
Isso tudo acontece enquanto forças ucranianas vão retomando territórios no país que estavam sob o domínio russo. Nesta segunda, os ucranianos recapturaram mais de 20 cidades e vilarejos após a Rússia reconhecer que estava abandonando Izium, seu principal reduto no nordeste da Ucrânia.
Enquanto moradores alegres retornavam às antigas vilas na linha de frente, Moscou enfrentava as consequências do colapso de sua força de ocupação na região.
Vitaly Ganchev, o chefe da administração de ocupação de Moscou empossado pela Rússia, reconheceu que as tropas ucranianas invadiram a fronteira.
Ele ordenou a retirada completa de civis de partes da província controladas pelos russos, disse à televisão estatal Rossiya-24 que cerca de 5 mil civis fugiram para a Rússia, mas a fronteira agora estava fechada.
“A situação está se tornando mais difícil a cada hora”, afirmou Ganchev.