Estadão | O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque terrorista ocorrido no sul do Irã na quarta-feira, 3, que deixou 84 mortos no país persa durante uma homenagem ao general Qassim Suleimani, assassinado num ataque com drone em 2020.
As explosões ocorreram perto do túmulo do general em uma mesquita na cidade de Kerman. Segundo a agência Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária do Irã, duas bombas escondidas em pastas foram detonadas por controle remoto, uma a cerca de 700 metros do túmulo de Suleimani e outra, a quase 1 km, no cemitério da cidade (820 km a sudeste de Teerã).
Assessores próximos ao presidente iraniano Ebrahim Raisi chegaram a culpar Israel e os Estados Unidos pelo ocorrido.“Washington diz que os Estados Unidos e Israel não tiveram nada a ver com o atentado terrorista no Irã. Não se enganem. A responsabilidade por este crime recai nos regimes americano e sionista, e o terrorismo é apenas uma ferramenta”, declarou Mohammad Jamshidi, conselheiro do presidente iraniano.
Washington e Tel-Aviv negaram qualquer envolvimento no atentado. Segundo o jornal The New York Times, oficiais americanos também sinalizaram que o Estado Islâmico havia sido o autor do ataque terrorista. Embora Israel realize operações secretas no Irã, Tel-Aviv sempre focou em atingir indivíduos específicos ou instalações nucleares ou de armas.