A embaixadora dos Estados Unidos nas Organizações das Nações Unidas (ONU) revelou, nesta segunda (4), que o país norte-americano irá pedir à Assembleia Geral da Organização que suspenda a Rússia do Conselho de Direitos Humanos da entidade. O pedido ocorre após as acusações, feitas pela Ucrânia, que tropas russas mataram dezenas de civis na cidade de Bucha.
Para que um Estado seja suspenso do conselho, é preciso que uma maioria de dois terços dos votos das 193 nações membros, na Assembleia, aprove a moção. O motivo seria violações persistentes e graves dos direitos humanos.
Em Bucareste, capital da Romênia, a embaixadora norte-americana Linda Thomas-Greenfield afirmou que a participação russa no Conselho é “uma farsa”.
“E está errado, e é por isso que acreditamos que é hora da Assembleia Geral da ONU votar para removê-los”, disse. Ela revelou que pretende colocar a medida em votação ainda nesta semana.
Desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, a Assembleia adotou duas resoluções denunciando a Rússia, com pelo menos 140 votos “sim”. Moscou afirma que está realizando uma “operação militar especial” para destruir a infraestrutura militar ucraniana.
“Minha mensagem para os 140 países que corajosamente se uniram é: as imagens de Bucha e a devastação na Ucrânia exigem que agora combinemos nossas palavras com ação”, disse Linda Thomas-Greenfield, em visita à Romênia para verificar como está lidando com um influxo de refugiados da Ucrânia, a repórteres.
A Rússia está em seu segundo ano de um mandato de três anos no conselho de 47 membros com sede em Genebra. A missão de Moscou nas Nações Unidas em Nova York não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.