Um parente do homem que morreu após passar mal em uma clínica de implante capilar em Feira de Santana, na Bahia, prestou depoimento na terça-feira (29). Eliana Adorno foi a primeira familiar de Cláudio Marcelo de Almeida, de 50 anos, a ser ouvida pela polícia.
“Neste momento o que mais a gente quer é justiça, é que não aconteça com outras pessoas a mesma coisa que aconteceu com meu cunhado. Estávamos esperando ele para jantar e o que veio infelizmente foi a notícia de que ele já não estava entre nós”, contou Eliana Adorno.
De acordo com a delegada Ludmila Vilas Boas, responsável pelas investigações, o órgão aguarda o laudo médico para saber o que causou a parada cardiorrespiratória. “Tomaremos agora outras atitudes no sentido de requerer outras diligências da investigação. Agora temos também na próxima quinta-feira a presença da viúva e do filho [da vítima] para serem ouvidos”, contou a delegada.
“Aguardamos o resultado do laudo pericial, que deve sair em 30 dias, o exame necroscópico, que vai determinar efetivamente a causa morte, se por acaso o procedimento realizado gerou, causou ou concorreu para o óbito da vítima”.
De acordo com a viúva Liliane Adorno, Cláudio saiu de casa na manhã do sábado (26) para fazer um procedimento de implante capilar. Segundo ela, o médico que atenderia Cláudio havia informado que a operação duraria entre quatro a cinco horas.
Durante a tarde, Liliane ficou preocupada com a demora e falta de comunicação do marido e foi até o local, onde foi recebida pela secretária da clínica.
Liliane foi informada que ainda havia uma segunda etapa da aplicação do implante, que ela desconhecia. Segundo ela, a funcionária informou que o procedimento terminaria por volta das 21h, e por isso decidiu voltar para casa.
Às 23h, Liliane foi até a clínica novamente. Ela diz que foi informada que o marido passava bem e que um médico conversaria com ela na recepção. Neste momento, Liliane afirma que ouviu um barulho de oxigênio e decidiu abrir a porta do consultório médico, onde encontrou o marido sendo reanimado por enfermeiras. Ela diz ainda que não havia desfibrilador no local.