Os conflitos entre a entidade e a federação dinamarquesa são antigos e tornaram-se mais frequentes com a escolha do Catar como sede da Copa
Metrópoles – Jesper Moller, presidente da Federação da Dinamarca, está insatisfeito com as atitudes que a Fifa tem tomado em relação a questões ligadas aos direitos humanos. Moller afirmou, em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (23/11), que cogita a desfiliação da entidade, junto a outros países nórdicos.
Segundo o site The Athletic, o presidente vem discutindo essa hipótese desde agosto.
“Não é uma decisão que foi tomada agora. Temos sido claros sobre isso por um longo tempo. Estamos discutindo isso na região nórdica desde agosto. Eu pensei sobre isso novamente. Imagino que possam haver problemas se a Dinamarca sair sozinha, mas veremos se não podemos dialogar sobre isso. Tenho que pensar na questão de como restaurar a confiança na Fifa. Devemos avaliar o que aconteceu e então criar uma estratégia junto dos colegas nórdicos” afirmou Moller.
Os conflitos entre a entidade e a federação dinamarquesa são antigos e tornaram-se mais frequentes com a escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022. Nos últimos dias, a maior insatisfação de dinamarqueses e de outros europeus foi a Fifa ameaçar punir esportivamente, com cartão amarelo, jogadores que usarem a braçadeira “One Love” na Copa do Catar, em referência aos direitos do público LGBTQIA+.
Recentemente, a Fifa proibiu a seleção dinamarquesa de usar um uniforme de treino com a mensagem “direitos humanos para todos”.