Adesão dos países, no momento, garante apenas que façam parte das reuniões. A cláusula de defesa ainda deve ser avaliada pelos demais países membros.
G1 – Os 30 aliados da Otan assinaram um protocolo de adesão para a Finlândia e a Suécia nesta terça-feira, permitindo que eles se juntem à aliança com armas nucleares assim que os parlamentos ratificarem a decisão, a expansão mais significativa da aliança desde a década de 1990.
A assinatura na sede da Otan segue um acordo com a Turquia na cúpula da Otan da semana passada em Madri, onde Ancara suspendeu seu veto às propostas de adesão nórdica após garantias de que ambos os países fariam mais para combater o terrorismo.
“Este é realmente um momento histórico”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, ao lado dos ministros das Relações Exteriores dos dois países. “Com 32 nações ao redor da mesa, seremos ainda mais fortes.”
O protocolo significa que Helsinque e Estocolmo podem participar de reuniões da OTAN e ter maior acesso à inteligência, mas não serão protegidos pela cláusula de defesa da OTAN – que um ataque a um aliado é um ataque contra todos – até a ratificação. Isso provavelmente levará até um ano.
Moscou advertiu repetidamente os dois países contra a adesão à OTAN. Em 12 de março, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que “haverá sérias consequências militares e políticas”.
Stoltenberg pediu aos aliados que ratificassem rapidamente e assegurou aos dois países nórdicos o apoio da OTAN nesse meio tempo.
“A segurança da Finlândia e da Suécia é importante para nossa aliança, inclusive durante o processo de ratificação”, disse ele.
“Muitos aliados já fizeram compromissos claros com a segurança da Finlândia e da Suécia, e a Otan aumentou nossa presença na região, inclusive com mais exercícios”.