Bolsonaristas contrários ao resultado das eleições fazem centenas de interdições ilegais em vias de todo o país.
Após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de autorizar que as polícias militares ajudem no desbloqueio de protestos em estradas federais, os governadores do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais determinaram que a PM libere as rodovias.
Os manifestantes protestam contra a derrota de Jair Bolsonaro (PL) e a eleição de Lula (PT), como novo presidente eleito do Brasil.
O governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) afirmou que deu ordem para que o Batalhão de Choque da Polícia Militar desobstrua as estradas, em apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em uma rede social, Rodrigo Garcia, governador de São Paulo, considerou os bloqueios nas rodovias paulistas inadmissíveis e disse que o MP e a PM foram acionados para que as vias sejam desbloqueadas.
Em Minas, o governador Romeu Zema (Novo) afirmou que a Polícia Militar vai auxiliar na liberação de rodovias estaduais e federais que estão fechadas no estado e disse que solicitou as forças de segurança que tomem as medidas necessárias. No entanto, ele ainda não detalhou quais serão as ações.
Nesta terça-feira (1º), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reiterou que as polícias militares dos estados são capazes de desobstruir rodovias federais bloqueadas e identificar, multar e prender os responsáveis.
Normalmente isso cabe a PRF, mas o STF determinou que a PM possui “plenas atribuições constitucionais e legais para atuar” na questão.
São Paulo
“Bloqueio de estradas é inadmissível. As pessoas têm o direito de ir e vir”, afirmou Rodrigo Garcia, em postagem no Twitter.
Rio de Janeiro
“É preciso respeitar o resultado das urnas; quem foi vitorioso precisa ter a tranquilidade de reunir forças e trabalhar pelo Brasil”, disse Claudio Castro, governador do Rio.
O governador é do PL, mesmo partido de Jair Bolsonaro.
Minas Gerais
“Já solicitei às nossas forças de segurança que tomem as medidas necessárias para desobstruir qualquer via ou estrada que esteja interditada por manifestações. A eleição já acabou e, agora, nós temos que assegurar o direito de todos de ir e vir e também que as mercadorias cheguem onde precisa para não haver desabastecimento. Vamos cumprir a lei”, disse Romeu Zema.