Com Pires no comando, assessores da área econômica do governo avaliam que a estatal pode acabar virar alvo de ataques e de críticas também no mercado em meio ao ano eleitoral e à crise do preço dos combustíveis.
Após o anúncio da desistência de Rodolfo Landim para o Conselho de Administrção da Petrobras, outro nome também passa a ser tratado como dúvida entre governo e Congresso. Trata-se de Adriano Pires, indicado para comandar a empresa estatal.
O nome de Pires é tratado de diferentes formas nos bastidores. O Centrão, que indicou o nome para o coamndo, avalia que Pires está mantido na indicação e que não há plano B para o cargo, pelo menos até esta segunda.
Ontem (3), o Ministério de Minas e Energia afirmou, em nota, que Adriano Pires está “cumprindo os trâmites legais” e que é preciso aguardar as análises sobre ele. Caso haja um “óbice”, analisar se poderá ser superado.
A divulgação da nota e a desistência de Landim levantaram dúvidas sobre se Pires estaria mantido para a vaga. Pelo Centrão e pelo ministro Bento Albuquerque, titular de Minas e Energia, sim.
Fontes da área econômica veem a situação de Pires e sua atuação na área de energia como um “conflito de interesses”, mas afirmaram que não participaram da escolha de seu nome.
Diante da desistência de Landim, assessores da área econômica do governo avaliam que a estatal pode acabar virar alvo de ataques e de críticas também no mercado em meio ao ano eleitoral e à crise do preço dos combustíveis com Pires no comando.
Na ala econômica, a crise na Petrobras tem sido usado como pretexto para que o governo volte a falar em privatizar a estatal.