CNN | Uma apresentação feita pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, à Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados neste mês estimou a possibilidade de extração de dez bilhões de barris de petróleo na foz do Amazonas.
O documento foi encaminhado à CNN pela assessoria do ministro. Nele, está descrito que a exploração pode “resultar em 10 bilhões de barris de petróleo recuperáveis, em similaridade com as descobertas da Guiana e Suriname”.
As reservas do pré-sal, segundo o ministério de Minas e Energia, são de 12 bilhões de barris.
O consultor Adriano Pires, especialista CNN na área petrolífera, avalia que em um cálculo conservador é possível estimar que haja pelo menos 6 bilhões de barris na margem equatorial.
“A margem equatorial não foi furada ainda então não sabemos ao certo. Há uma estimativa de que você tenha lá uma reserva ampla de 30 bilhões de barris provavelmente, mas nem tudo isso é comercialmente viável. A reserva provada da margem equatorial seria de uns 6 bilhões de barris. A gente estima isso a partir do que a Guiana e o Suriname estão furando e localizando. E lá do outro lado da África também está furando em uma região com características semelhantes. Mas pode ser que tenha mais. Pode ser que seja idêntica ao pré-sal. Eu estou sendo conservador nesse cálculo”, disse.
O documento diz ainda que o investimento na margem equatorial é necessário “para avaliar o potencial petrolífero da Margem Equatorial e reverter a tendência de queda da produção de petróleo a partir de 2029”.
Também fala que a “Estimativa de investimentos futuros na ordem de US$ 56 bilhões e arrecadação estatal na ordem de US$ 200 bilhões, com geração de centenas de milhares de empregos”. O documento relata ainda que há 41 blocos exploratórios possíveis.
Segundo o MME, o pedido é para que haja o licenciamento para explorar o poço no bloco FZA-M-59 que fica na área marítima que pertence ao estado do Amapá. É sobre esse bloco que se dá o imbróglio com o Ibama.
Mas o documento mostra que há outros oito poços passíveis de serem perfurados para exploração no alcance dos outros estados como Rio Grande do Norte, Ceará, Pará e Maranhão.
O documento também fala da “necessidade de abrir novas fronteiras exploratórias” e que isso se “mostra fundamental para a manutenção da indústria de petróleo e gás natural no país”.