Cerca de 2,7 milhões regressaram a suas casas; destes, 29% percebem o seu local de residência atual como inseguro, e apenas 8,5% sentem-se completamente seguros
Os números são alarmantes. Segundo um relatório das Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 7,7 milhões de pessoas tiveram que fugir de suas casas na Ucrânia após a invasão russa, porém, permaneceram dentro do país.
Esse número, divulgado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU, representa um aumento desde 5 de abril, quando o número era de 7,1 milhões.
“Mulheres e crianças, idosos e pessoas com deficiência foram desproporcionalmente afetados e representam um grupo altamente vulnerável”, disse o diretor-geral da OIM, Antonio Vitorino.
A invasão lançada em 24 de fevereiro pela Rússia fez com que milhões de pessoas fugissem de suas casas, incluindo cinco milhões que deixaram o país.
A OIM realizou esta terceira pesquisa entre 11 e 17 de abril e estimou que até domingo havia 7,7 milhões de pessoas deslocadas na Ucrânia, das quais 60% são mulheres.
Segundo estimativas, cerca de 3,47 milhões de pessoas fugiram da parte Leste do país, 1,77 milhão do Norte e 1,46 milhão deixaram a região de Kiev.
De acordo com a pesquisa, 37% dos deslocados estão agora em áreas relativamente seguras no Oeste do país.
Apesar desse aumento, cerca de 2,7 milhões de pessoas acabaram retornando para suas casas após, pelo menos, duas semanas.
Porém, 29% das pessoas que retornaram não consideraram suas residências seguras e somente 8,5 sentiram-se completamente seguros.
“É prematuro tirar conclusões com certeza sobre a natureza desses movimentos de retorno e se eles são permanentes ou temporários por natureza”, disse a OIM.