Segundo a polícia, agressor foi alvo de denúncia por estar armado e se envolveu em “confusão” em uma igreja pouco antes de ter “surto” em hospital do interior paulista
O Globo | A Polícia Militar foi chamada para uma ocorrência envolvendo o homem que esfaqueou sete pessoas em um hospital de Américo Brasiliense, no interior paulista, duas horas antes do ataque acontecer.
De acordo com a PM, houve uma denúncia de que o homem estaria armado. Ele foi abordado, mas nada foi encontrado. Ao G1 da região de São Carlos e Araraquara, a PM havia dito que houve uma “confusão” numa igreja da cidade, situada no bairro São Judas, e o homem foi interrogado e liberado em seguida.
Cerca de duas horas depois dessa “confusão”, por volta de 23h30, o homem de 32 anos foi ao Hospital Municipal José Nigro Neto pedir atendimento médico. Segundo a Polícia Civil, ele já “aparentava estar desorientado” e teve um “surto”, passando a atacar a recepcionista que preenchia sua ficha cadastral. Em seguida, feriu também outras seis pessoas, entre funcionários e pacientes, que tentaram contê-lo.
Na saída da emergência, conta a polícia, o agressor atacou a última das vítimas, uma enfermeira de 42 anos. Uma viatura da Polícia Militar que estava perto do local chegou neste momento e os policiais passaram a negociar com o criminoso, que segurava a mulher pelo pescoço e a ameaçava com a faca. Em um momento de distração do agressor, a vítima conseguiu se desvencilhar sem que ele conseguisse atingi-la com um golpe e a PM disparou contra o homem.
As vítimas do ataque — duas mulheres e cinco homens — têm entre 32 e 54 anos. Algumas foram socorridas no próprio hospital onde as agressões ocorreram, enquanto outras foram levadas a unidades de saúde de Araraquara, município vizinho. Nenhuma das pessoas feridas corre risco de vida, segundo a polícia.
O agressor foi levado à Santa Casa da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo. Com ele, foi apreendida uma porção de cocaína, segundo relatou a Secretaria de Segurança Pública.
— A princípio, ele era uma pessoa que usava drogas na cidade. Ele causava alguns problemas e veio até o pronto-atendimento nervoso. Foram tentar medicar e ele sacou a faca — contou o major Alan Esteves Fernandes Gouvêa ao G1.
O ataque foi registrado no plantão da Delegacia Seccional de Araraquara como homicídio tentado e morte decorrente de intervenção policial. Foi solicitada perícia no local e a realização de exames pelo Instituto Médico-Legal (IML).