Segundo Souza, eram cerca de 200 pessoas. Não houve presos
O Globo – Três viaturas da PM estão paradas na frente do Supermercado Inter, em Inhaúma, na Zona Norte do Rio, na manhã do domingo de Páscoa, horas depois de um bando de 200 pessoas saquearem o local. Segundo o gerente logístico do estabelecimento, “homens armados entraram no mercado pouco depois das 20h e incitaram a população a levar alimentos e bebidas”. A direção da unidade fará um inventário do que foi levado e registrará um boletim de ocorrência da 44ª DP (Inhaúma) que fica a menos de um quilômetro de onde ocorreu o crime.
Segundo Souza, os funcionários estão contabilizando o que foi levado pelos criminosos.
Cerca de 50 funcionários trabalham na unidade, que funciona em Inhaúma há cerca de 20 anos. O diretor logístico conta que “nunca houve algo assim”. Neste domingo, funcionários trabalham para arrumar as gôndolas que foram destruídas.
“Com a correria, pensei que fosse um maluco atirando em alguém”, conta moradora.
A auxiliar de serviços gerais R*, de 59 anos, mora há cerca de dois anos perto do mercado. Ela conta que estava na janela de casa, pouco depois das 20h30, quando viu uma correria com muita gente. Ela, no entanto, não imaginava que o supermercado havia sido saqueado. A mulher pensava que havia acontecido algum tiroteiro.
Muito clientes não imaginavam que a loja estaria funcionando nesta manhã. Mas, com medo eles preferem não se identificar. De acordo com o aposentado Natanael, ele achava que “a loja ficaria fechada por muitos dias”. Entretanto, foi surpreendido com a abertura.
Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Militar disse que “na noite deste sábado (16), equipes do 3° BPM (Méier) foram acionadas para checar uma série de saques a um supermercado na Estrada Adhemar Bebiano, em Inhaúma”. De acordo com a instalação, “com a chegada dos policiais, diversas pessoas fugiram do local. Não houve presos”. Por fim, o comunicado diz que “equipes das Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom) auxiliaram no perímetro. Os responsáveis pelo estabelecimento ficaram de relatar os fatos em registro policial na delegacia posteriormente”.