Indicado por Lula, Prates renunciou cargo no Senado para assumir a presidência da estatal; ele substituirá o diretor João Rittershaussen, que estava como interino no cargo
Por unanimidade, o Conselho de Administração da Petrobras elegeu o agora ex-senador, Jean Paul Prates (PT), como seu novo presidente, além de assumir uma cadeira no colegiado. A aprovação era esperada.
Prates tinha sido convidado para participar da reunião presencialmente na sede da Petrobras pelo presidente do Conselho, Gileno Barreto.
A oficialização do nome de Prates vem exatas duas semanas depois de sua indicação formal ao cargo para o Ministério de Minas e Energia. Para ocupar a função, ele renunciou à cadeira de senador pelo Rio Grande do Norte uma semana antes do fim do mandato.
Essa tinha sido uma das determinações do departamento de compliance da Petrobras, que ainda recomendou o afastamento de Prates de empresas privadas, o que também foi feito.
Membro da equipe de transição que cuidou dos assuntos relacionados com a área de Minas e Energia, Prates despontava como favorito para o cargo desde a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas eleições.
Aos 54 anos, Prates se formou em Direito na UERJ e Economia na PUC/RJ. Nos Estados Unidos, fez mestrado em Planejamento Energético e Gestão Ambiental pela Universidade da Pennsylvania. Já na França, concluiu seu segundo mestrado, em Economia de Petróleo, Gás e Motores, pelo Instituto Francês do Petróleo.
Ao longo da carreira, o carioca erradicado no Rio Grande do Norte sempre trabalhou na área de energia, tanto no setor público quanto no privado. Mudou-se para Natal em 2005, foi secretário de estado nessa área e, ao ver Fátima Bezerra (PT) eleita governadora, o então suplente assumiu a cadeira no Senado.