Pena pode chegar a 30 anos de prisão; Ministério Público denunciou Jorge Guaranho por homicídio duplamente qualificado
CNN – A Justiça do Paraná recebeu nesta quarta-feira (20) a denúncia do Ministério Público (MP) contra o agente penitenciário federal Jorge Guaranho, investigado pelo assassinato do guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, que era integrante da direção do PT em Foz do Iguaçu (PR). Com isso, Guaranho passa a ser réu no processo. A pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Guaranho tem dez dias para apresentar sua defesa, conforme se certifique que está apto para isso. O agente penitenciário foi internado após o caso e recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde estava, segundo fontes da polícia.
“Apesar de a jurisprudência majoritária dos tribunais superiores entender que a decisão de recebimento da denúncia não exige fundamentação, cumpre observar, de modo sucinto, que o caderno investigatório possui a presença de indícios suficientes de autoria e prova de materialidade”, afirmou, na decisão, o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu.
Também foi negado o pedido para que alguns documentos ficassem sobre segredo de justiça.
A denúncia do MP contra Guaranho também foi apresentada nesta quarta. Ele é acusado de homicídio duplamente qualificado.
Arruda foi morto por Garanho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), em sua própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, com tema em homenagem ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o MP, o crime teve motivação política, com “preferências político-partidárias antagônicas”. A Promotoria afirma que Guaranho atirou em Arruda quando ele já estava no chão, dizendo “petista vai morrer tudo [sic]”.
A denúncia vai na direção contrária ao inquérito da Polícia Civil do Paraná, que descartou, na última sexta-feira (15), que houve motivação política.
Os advogados de Arruda, por sua vez, afirmaram que as investigações mostrariam que o caso aconteceu por causa da divergência política.
*com informações de Júlia Vieira e Leandro Resende, da CNN